Como fizemos essa pergunta no decorrer do processo.
Idéias vieram a rodo, surgiram mil maneiras de como poderia ser a nossa árvore.
Árvore de acrilico, de mangueira, de copo plástico, de pet transparente, de caixas de vidro (uma fortuna).
Também houveram idéias do tipo "...e se for de mangueira, e correr água por dentro, com muita luz, muita luz..."
Isso nos custou alguns neurônios.
Quando expomos e indagamos a cenografa do espetáculo sobre as diversas possibilidades, eis que na mesa da reunião, ela traz a "eureka".
Algo trabalhoso, frágil e simples, por mais que trabalhoso, simples (a Ligia que o diga).
A árvore que até então, era somente uma árvore, se tornou mais uma personagem desse espetáculo. É uma árvore viva!
Parece meio complexo, concordo. Talvez você precise visitar Vidros pra entender.
Ed Nicodemo.
Um comentário:
Percebo que a Árvore é um elemento forte na peça. Ensaiamos com aquela imagem ao centro sem ao menos sabermos como ela seria, mas a sua presença era percebida.
Hoje, quando me deparo com essa obra de arte - uma belíssima instalação da artista Cind Octaviano - percebo que ela é, sem dúvida alguma, a espinha dorsal do cenário de Vidros e a essência do espetáculo.
O tratamento dos artistas dado à Árvore é como o de um ente querido que não pode se mover, mas que todo mundo quer perto.
E o ente está prestes e ser chamado para engolir o novo e deixar sua marca na pacata cidade de Vidros.
Fernandes Junior - diretor do Teatro da Neura
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